"O Bailar de Fada e Bruxa...
Lembro-me sempre de como você foi desde criança, desde bem pequenina ainda. (...) Você sempre a dançar, sempre a ensaiar seus passos: ora a sós ora perante tantos outros. Muito era a admiração com que observava a criança bailarina. (...)
Vi, no fundo de sua alma, quando perguntou-se então, ansiosa e aflita: 'Será que dançarei sempre com tanta alegria e vida? Será que sempre terei forças para tanto?'
Ora, minha criança querida, quem pode apagar a chama bailarina? Qum pode interromper a dança de Deus?
Tenho visto seus passos, minha menina querida. Tenho visto seu percurso em sua senda pessoal. Ah, e foram tantos os passos, tantas as danças, tantos os ritos! (...) Ousou mais, ousou buscar-se nos ritmos mais vivos e plenos da concreta sensualidade.
(...) Você, na ânsia de viver e de bailar, foi mais além.
Logo, logo alcançou a sensualidade religiosa dos rituais mais sagrados. Logo logo dança para a Vida e não apenas para suas muitas promessas de futuro!
(...) Foram muitos os passos, muitas as canções, muitos os deuses e todos os seus credos. Mas, que é a multiplicidade de ritos senão mais um testemunho do Sagrado da Vida?
(...) Em sua longa caminhada, você aprendeu ainda mais. Descobriu também, menina, que o verdadeiro bailar está além de todas as cartilhas e seus pequenos acordes. Você sabe agora que o bem dançar é muito mais do que acertar os passos e interpretar uns poucos momentos de musicalidade.
Desde o mais profundo em sua alma, você sabe que o saber dançar é... entregar-se aos primeiros acordes de cada nova música... é alçar-se com brilho ao mais sublime clímax de sua manifestação... é, também, o desligar-se harmoniosamente ao final da dança. Bem dançar é estar aberta ao infinito de maravilhas musicais que a vida não se cansa de nos apresentar.
Tendo se apercebido do que era o bem dançar, você não mais se permitiu o intimidar-se pelo imponente dos cânones, pela soberba de tantos sábios e doutores. Sim, foi com a vida nas mãos, que você bailou e bailou como se sua vida inteira fosse música, como se tudo o que tocasse ou alcançasse não lhe falasse senão do Grande Bailar e seu Bailarino.
Bem-aventurada é você e todos aqueles/aquelas que se entregam à vida como se estivessem a bailar. Bem-aventurados todos aqueles que não precisam da autorização dos grandes salões para se entregarem de corpo e alma ao grande bailar da vida. (...)
ABEÇOADOS TODOS VOCÊS QUE BAILAM! QUE TARDE SE CANSEM OS PÉS, OS CORPOS! QUE BAILEM EM ALMA AQUELES QUE SE SINTAM CANSADOS! QUE BAILEM EM ESPÍRITO AQUELES QUE JÁ NÃO TÊM ALMA! QUE BAILEM TODOS! Hoje e sempre..."
(Cartas Bruxas - O Bailar)
Lembro-me sempre de como você foi desde criança, desde bem pequenina ainda. (...) Você sempre a dançar, sempre a ensaiar seus passos: ora a sós ora perante tantos outros. Muito era a admiração com que observava a criança bailarina. (...)
Vi, no fundo de sua alma, quando perguntou-se então, ansiosa e aflita: 'Será que dançarei sempre com tanta alegria e vida? Será que sempre terei forças para tanto?'
Ora, minha criança querida, quem pode apagar a chama bailarina? Qum pode interromper a dança de Deus?
Tenho visto seus passos, minha menina querida. Tenho visto seu percurso em sua senda pessoal. Ah, e foram tantos os passos, tantas as danças, tantos os ritos! (...) Ousou mais, ousou buscar-se nos ritmos mais vivos e plenos da concreta sensualidade.
(...) Você, na ânsia de viver e de bailar, foi mais além.
Logo, logo alcançou a sensualidade religiosa dos rituais mais sagrados. Logo logo dança para a Vida e não apenas para suas muitas promessas de futuro!
(...) Foram muitos os passos, muitas as canções, muitos os deuses e todos os seus credos. Mas, que é a multiplicidade de ritos senão mais um testemunho do Sagrado da Vida?
(...) Em sua longa caminhada, você aprendeu ainda mais. Descobriu também, menina, que o verdadeiro bailar está além de todas as cartilhas e seus pequenos acordes. Você sabe agora que o bem dançar é muito mais do que acertar os passos e interpretar uns poucos momentos de musicalidade.
Desde o mais profundo em sua alma, você sabe que o saber dançar é... entregar-se aos primeiros acordes de cada nova música... é alçar-se com brilho ao mais sublime clímax de sua manifestação... é, também, o desligar-se harmoniosamente ao final da dança. Bem dançar é estar aberta ao infinito de maravilhas musicais que a vida não se cansa de nos apresentar.
Tendo se apercebido do que era o bem dançar, você não mais se permitiu o intimidar-se pelo imponente dos cânones, pela soberba de tantos sábios e doutores. Sim, foi com a vida nas mãos, que você bailou e bailou como se sua vida inteira fosse música, como se tudo o que tocasse ou alcançasse não lhe falasse senão do Grande Bailar e seu Bailarino.
Bem-aventurada é você e todos aqueles/aquelas que se entregam à vida como se estivessem a bailar. Bem-aventurados todos aqueles que não precisam da autorização dos grandes salões para se entregarem de corpo e alma ao grande bailar da vida. (...)
ABEÇOADOS TODOS VOCÊS QUE BAILAM! QUE TARDE SE CANSEM OS PÉS, OS CORPOS! QUE BAILEM EM ALMA AQUELES QUE SE SINTAM CANSADOS! QUE BAILEM EM ESPÍRITO AQUELES QUE JÁ NÃO TÊM ALMA! QUE BAILEM TODOS! Hoje e sempre..."
(Cartas Bruxas - O Bailar)
"Em sua longa caminhada, você aprendeu ainda mais. Descobriu também, menina, que o verdadeiro bailar está além de todas as cartilhas e seus pequenos acordes. Você sabe agora que o bem dançar é muito mais do que acertar os passos e interpretar uns poucos momentos de musicalidade."
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